segunda-feira, 21 de abril de 2014

O SEGREDO DENOMINADO AMOR

(Amanda Cristina Souza)




Amar é uma caixa onde fica escondida a fórmula do desapego. Ela percorre toda a caixinha à procura de saída mas as paredes feitas de retalho deixam apenas brechas de um sentimento estilhaçado pela dor do pequeno espaço.
É uma antítese. Revela-se no cotidiano em pequenas ações e nas maiores também. Tem como cúmplice a saudade, que eterniza lembranças na alma e racionalidade alguma consegue domar.
Amar é ser transparente! água de movimento silencioso, chegando aos poucos, águas revoltas quando invade o mais íntimo de nós.
Para amar não tem segredo, para entendê-lo sim! Do que adiantaria compreendê-lo? não o entenderíamos. É mais fácil juntar os cacos de um amor quebradiço do que filosofar sem obter respostas.
O amor é inseguro, ciumento, bobo e confuso. Manifesta-se como a brisa, sentimos sem o ver. Vai embora sem destino, nos abandona sem que percebamos e reside em nossos corações sem a devida permissão. 
Amor não pode ser deixado de lado. O banho-maria inquieta o seu objetivo, de explodir dentro de nós, amanhecer em nossos verões, falecer em nossas vidas e apenas amar...

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