sábado, 31 de maio de 2014

FLOR ILUMINADA

(Amanda Cristina Souza)




Veja
A flor perdida no jardim
Caminhando para o vento
Sacudindo o meu lamento

Veja
A cor que coisa linda
Como olhar de uma menina
Pedindo colo de mãe
Tão pequenina

Veja
A flor que desabrocha
Renascendo a vida
Que mata a morte

Veja
A flor que emociona
Encantando meus olhos
Num sopro
Pedindo um pouco de mim

Veja
A pequenina flor
Que adentra a janela
Pousa na cadeira
Reside na lareira

Veja
Flor tão deslumbrante
De cheiro inquietante
Doce como mel
És fiel

Veja
Flor que sacode
Em meu jardim
Te quero eterna
Sem fim
PASSADO, PRESENTE E FUTURO

(Amanda cristina Souza)





Em meu passado
Humanidade
Em meu presente
Lealdade
Em meu futuro
Eternidade

domingo, 18 de maio de 2014


ERA UMA MENINA

(Amanda Cristina Souza)





Era uma menina
Pés descalços
Olhos baixos
De sorriso tímido
Olhava de rabissaca
O movimento do dia

Era uma menina
Vestido vermelho
Mãos a acarinhar
Àquela por quem amar
Sorriso amarelo
Tristeza no ar
Perdida na rua
Olhar a vagar

Era uma menina
De traços sofridos
Sonhadora
Em um tempo perdido

Era uma menina
Cheia de crenças
Virtudes e amor
Que não recompensa

Era uma menina
Desnuda para o mundo
Em silêncio a pedir
Para fugir disto tudo

Era uma menina
De sorte incerta
Apenas a sonhar
Sua vida perversa

Era uma menina
Cabelos ao vento
Mãos na cintura
De volta ao relento

Era uma menina
De casa de taipa
Sofrida, discreta
E tão acabada

Era uma menina
Tão sonhadora
Que ao olhar para mim
Me fez pecadora

Era uma menina
Tão infeliz
Que nem ao certo
Soube o quis

Era uma menina
Vendada para a dor
Com o seu olhar discreto
Que é sofredor
Era uma menina
Castigada para o mundo
Que ao crescer

Castigou seu futuro

segunda-feira, 12 de maio de 2014

És Amor

(Amanda Cristina Souza)



Tu és alma encontrada
Verso encantado
Na minha morada
És mais do que
Pude vislumbrar
Mar de água cristalina
Invasora e movediça
És o sorriso calado
Silenciado na aurora
Visto apenas na hora
Do sorriso meu
Sereno amor

Castidade do “eu”

quarta-feira, 7 de maio de 2014

VAIDADE

(Amanda Cristina Souza)




Não sou vaidosa
O mundo sim
Ainda prefiro contemplar o sol
O mundo a si

Vaidade excessiva nunca foi meu forte
A beleza está justamente no amanhã
Palavra proferida é também pensada
Ausente e até mesmo desesperada

Não sou e nem quero ser vaidosa
A vaidade perde a essência, enxergando apenas a aparência
Iludindo nossos olhos
Mascarando sua face

Sou mundo
Mas não sou vaidosa
Não quero me perder
Quero apenas SER